Impotência sexual

Aug 19, 2021

Embora cerca de 25 milhões de indivíduos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, sofram com a patologia, falar no assunto ainda é complicado. As questões envolvidas vão muito além da saúde física.

A condição surge por volta dos 40 anos, mas em condições excepcionais, jovens também podem desenvolver a doença. Apesar de temida, a impotência não é permanente tampouco inevitável, como muitos pensam.

O diagnóstico não significa que todos os homens, a partir daquele momento da vida, não poderão ter mais relações sexuais. Dependendo do estilo de vida do indivíduo, é possível que esse problema seja superado facilmente ou nem sequer se torne crônico. Tudo depende da forma como o diagnosticado leva a vida.

Da mesma forma, a saúde mental masculina costuma ser um tema pouco discutido em conversas. A maioria dos homens ainda descarta qualquer conversa relacionada a sentimentos e emoções, especialmente se estiver associada a um assunto tão desagradável e embaraçoso para eles.

Contudo, a realidade deveria ser o contrário, pois ambas as conversas são de extrema importância. E frequentemente elas se entrelaçam. Neste artigo você aprenderá tudo sobre impotência sexual e, ainda, sobre o impacto desta na saúde mental dos homens.

O que é impotência?


Como conhecida popularmente, a impotência sexual, também chamada de impotência erétil, é a impossibilidade de um homem manter uma ereção satisfatória do pênis. Esta dificuldade interfere nas relações sexuais, tornando-as menos proveitosas.

É comum que esse cenário ocorra de vez em quando. Embora seja uma situação vergonhosa e frustrante para os homens, uma ou outra falha na ereção não é nada anormal. Isso acontece até com os mais jovens.

A ansiedade e o estresse são fatores psicológicos, entre muitos, que podem interferir na vida sexual de ambos os gêneros. No caso dos homens, podem dificultar a obtenção da ereção. Porém, poucos têm conhecimento disso e acreditam que o problema é com o órgão sexual.

No entanto, para existir o diagnóstico de impotência, as falhas nas ereções precisam ocorrer com certa frequência. A dificuldade em mantê-las deve ser percebida, pelo menos, em 75% das tentativas de relação sexual.

Como ocorre a impotência?


Uma das causas mais comuns para a disfunção erétil é o dano nas artérias. Para o pênis ficar ereto, é necessário um aumento no fluxo de sangue até o órgão. A impotência acontece quando há o comprometimento da circulação sanguínea.

Para compreender a totalidade do problema, é preciso entender que o pênis possui dois grupos de fibras nervosas. Um é responsável pelos sinais inibitórios e o outro, pelos excitantes. Como implicado nos respectivos nomes, o primeiro grupo dificulta a ereção e o segundo facilita.

Quando a ereção acontece, mecanismos cerebrais transmitem mensagens, através de circuitos formados por neurônios, para as fibras nervosas. Assim, são provocados sinais inibitórios e excitantes, os quais facilitam a condução de sangue pelas artérias até o órgão.

A impotência ocorre uma vez que um fator danoso é identificado em alguma etapa deste processo, o qual pode ter várias origens.

Para alcançar um diagnóstico, é imperativo fazer uma investigação completa da condição de saúde do homem, principalmente se este apresentar histórico de patologias.

Quais são os sintomas?

Além da dificuldade para ter ou manter uma ereção, também existem outros sintomas. Estes podem ser facilmente percebidos pelo indivíduo durante as relações ou tentativas de relações sexuais, já que acontecem corriqueiramente. Veja abaixo quais são:

Ereção mais flácida;
Ejaculação tardia ou precoce;
Maior necessidade de concentração para conseguir a ereção;
Demora a conseguir a ereção;
Redução da libido sexual;
Ereções espontâneas, como durante a noite ou pela manhã, reduzidas;
Perda da ereção durante a relação sexual, especialmente se houver mudança de posição;
Redução dos pelos corporais;
Alterações na anatomia do órgão, como redução de tamanho ou surgimento de calombos;
Fadiga ou cansaço rápido durante a relação sexual.
Como cada indivíduo é único e apresenta um histórico de saúde distinto, os sintomas manifestados podem variar de um paciente para o outro. Apesar disso, os mais comuns (dificuldade para ter ereção, ejaculação precoce e redução da vontade sexual) costumam estar presentes em todos os quadros.

Quais as possíveis causas?

É evidente que uma das causas mais comuns possui origem nas artérias. Porém, danos nos músculos lisos, tecido muscular de contração involuntária e vagarosa, encontrado nas paredes de vasos sanguíneos, e nos tecidos fibrosos, constituídos por longas células de até 15 centímetros, também podem desencadear a impotência.

Essas são, geralmente, lesões ocasionadas devido a uma doença, como diabetes, alcoolismo, esclerose múltipla, doença renal, arteriosclerose, doenças nos vasos sanguíneos, entre outras.

Assim sendo, se o paciente apresenta alguma das patologias citadas anteriormente, pode desenvolver a impotência futuramente.

Outras causas resultam de ferimentos nos nervos e artérias, causados por intervenções cirúrgicas, e medicamentos. A disfunção erétil também pode ser efeito colateral de remédios usados no tratamento de doenças, como hipertensão, depressão e úlcera.

Em síntese, as causas são inúmeras, diversas e nem sempre estão relacionadas a alguma alteração no pênis ou no processo biológico responsável pela ereção. É possível que a disfunção tenha origem emocional ou psicológica.